7 de junho de 2007

CADÊ AS GRANDE-ANGULARES?


Lumix LX2, da Panasonic: zoom de 28 a 112 mm

Uma lente longa pode impressionar, mas útil mesmo é uma grande-angular na câmera.

Esse fato, óbvio para fotógrafos experientes, nem sempre fica claro para os leigos. Alguns compram aquelas câmeras superzoom que vão de 38 a 380 mm, achando que estão fazendo um grande negócio. Na prática, 90% das fotos serão feitas com o zoom ajustado em 38 mm, ou seja, na menor distância focal possível.

Isso não significa, é claro, que uma lente de 380 mm não seja útil. Ela é necessária em certas situações, como ao fotografar animais selvagens. Mas, para a maioria das pessoas, uma objetiva de 28 mm tem muito mais utilidade que uma de 300 mm. Lugares apertados, paisagens que exigem grande profundidade de campo e retratos onde se quer mostrar também o entorno são exemplos de situações que pedem uma grande-angular. Por causa disso, nos testes do INFOLAB, damos notas maiores para lentes de distância focal menor.

Para quem tem um câmera reflex, distância focal não é problema, já que há uma variedade de objetivas para escolher. Já para a maioria dos fotógrafos casuais, que usam câmeras compactas, contar com uma grande-angular não é tão simples. Há poucos modelos compactos com distância focal inferior a 35 mm no mercado.

A Canon tem uma câmera assim, a SD800 IS, que vai de 28 a 105 mm e pode ser encontrada em algumas lojas no Brasil. A Kodak oferece a menor distância focal numa compacta. Sua EasyShare V705 vai de 23 a 117 mm, uma faixa de zoom notável numa máquina tão pequena. Outras opções podem ser encontradas na linha Lumix, da Panasonic, que inclui vários modelos com zoom começando em 28 mm.

Pelo menos na faixa das compactas, não há muitas outras alternativas. Parte disso deve-se ao fato de os sensores CCD trabalharem melhor quando a luz incide neles numa trajetória ortogonal, o que não acontece quando se usa grande-angular. Isso dificulta a construção de câmeras compactas com esse tipo de lente. Mas a principal razão parece estar no desconhecimento do consumidor, já que a procura por esse tipo de câmera não é particularmente intensa. Assim, os fabricantes não se sentem estimulados a oferecer mais modelos.

Mauricio Grego da INFO

Ricardo Lôvo