Quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007 - 18h35
SÃO PAULO - Os novos home theaters já trazem recursos como conexão USB e HDMI, além de rodar DivX.
Uma TV de plasma ou LCD pede — na verdade, exige — um home theater. De que adianta uma telona de alta definição se o som não for capaz de transmitir toda a emoção das cenas de um filme? Só mesmo um bom conjunto de caixas acústicas — no mínimo cinco e mais o subwoofer — para isso. E um receiver, para distribuir o som que sai do DVD player para cada uma delas.
Essa é a idéia dos equipamentos do tipo home theater-in-a-box, que reúnem um receiver e um conjunto de caixas 5.1, 6.1 ou 7.1, com níveis muito variados de sofisticação e preço. São diferentes dos sistemas integrados, que incluem também DVD player, e costumam ser uma opção mais simples e mais econômica, com modelos que podem descer até a faixa de 2 000 reais, mas que também incluem opções ultra-requintadas.
Seja qual for a disposição para o investimento, na hora de escolher um home theater, é bom levar em conta algumas tendências nessa área. Uma delas é a compatibilidade com os novos formatos digitais de áudio e vídeo — especialmente o DivX. A quantidade de conexões disponíveis é outro quesito importante a ser observado, já que a tendência é transformar o home theater, cada vez mais, em um centro de entretenimento doméstico — integrado ao PC, ao videogame e aos players de MP3, entre outros dispositivos.
Nesse sentido, a incorporação de conexões USB e HDMI (High Definition Multimedia Interface) a esses aparelhos ganha importância cada vez maior. Pela porta USB é possível conectar o home theater a um notebook, reproduzir vídeos diretamente do memory key ou do HD externo. Já a conexão HDMI permite transmitir áudio e vídeo digitalmente, num único cabo, com alta qualidade, do DVD player — ou de um set-top box — para a TV baseada nesse padrão.
Para quem não quer espalhar fios pela casa na hora de instalar o home theater, uma boa alternativa são os sistemas que oferecem caixas surround “sem fio”. Nesse caso, a transmissão dos sinais de áudio do receiver para as caixas é feita via ondas de rádio, ou infravermelho, mas não dispensa a conexão a uma tomada. Quer dizer, é sem fios em termos. Neste teste, o Infolab avaliou cinco modelos de home theater: o HT-S790, da Onkyo; o HT-DDW1500, da Sony; o HT-Q20, da Samsung; o SC-HT740LB-S, da Panasonic; e o Lifestyle 28 II, da Bose.
SOM BACANA COM A ONKYO
O HT-S790, da Onkyo, a Escolha da INFO, é uma boa alternativa para quem faz questão de ter um áudio classe A numa alternativa home theater-in-a-box. Seu receiver oferece 100 watts de potência por canal e garante tanto a fidelidade do som quanto a potência. Com cinco caixas acústicas mais o subwoofer, o som é claro e altamente equilibrado, num design muito elegante e discreto. As conexões são abundantes, mas infelizmente fica faltando justamente o HDMI, hoje em dia um divisor de águas em equipamentos AV.
Preço: 3.856 reais
Avaliação técnica: 8,6 / Custo/benefício: 7,3
ALTA DEFINIÇÃO COM HDMIO novo DVD Theater SC-HT740LB-S, da Panasonic, a Escolha Econômica da INFO, apresenta uma grande vantagem em relação aos outros produtos testados no Infolab: a saída HDMI para conexão à TV. As duas caixas acústicas frontais e as duas surround — fininhas, porém com mais de 1 metro de altura — são fornecidas com base, mas também podem ser fixadas na parede. E, para quem não quer comprometer a circulação da sala com os fios que levam o som do home theater para as caixas surround, a Panasonic oferece uma opção interessante: o kit wireless SH-FX60P-S. Trata-se de um transmissor e receptor sem fio que permite a comunicação entre as caixas e o DVD-player (e receiver) via rádio, na freqüência de 2,4 GHz. O acessório, opcional, funcionou bem nos testes do INFOLAB, e custa 699 reais.
Preço: 1.699 reais
Avaliação técnica: 8,0 / Custo/benefício: 7,6
DOIS SUBWOOFERS NO MUTEKI
Quem não tem problema de falta de espaço na sala e quer um home theater de boa qualidade sem um investimento alto demais encontra uma opção muito atraente no HT-DDW1500, da Sony. Também chamado de Muteki (imbatível, em japonês), o produto faz parte da nova linha Bravia e é do tipo home theater-in-a-box. Vem com receiver e um conjunto de seis caixas acústicas — das quais duas frontais, do tipo torre — e dois subwoofers, num total de 1 510 watts de potência. O tamanho avantajado desses subwoofers — 27,5 por 33,1 por 37,4 centímetros (largura por altura por profundidade) — é o principal inconveniente do Muteki. Por outro lado, o som que vem dessas caixas — todas fabricadas em madeira — é de muito boa qualidade, com ótimo equilíbrio entre graves e agudos e uma boa definição espacial. Dá até para se sentir em uma sala de cinema.
Preço: 2.599 reais
Avaliação técnica: 8,4 / Custo/benefício: 8,2
FILMES DIVX DIRETO DA USB
A porta USB do DVD player (com receiver integrado) é o principal trunfo do home theater HT-Q20, da Samsung — o único dos cinco produtos avaliados neste teste a oferecer esse recurso. Por meio dessa conexão, foi possível rodar filmes em formato DivX — outro ponto positivo do equipamento — direto de um memory key Voyager 8 GB, da Corsair, e também de um HD externo Passport 120 GB, da Western Digital. Com design compacto e elegante, o sistema integrado da Samsung proporciona um som de boa qualidade. Sua grande falha fica por conta da ausência de conexão HDMI. Falta, também, entrada óptica — por exemplo, para ligar o videogame ao aparelho.
Preço: 1.099 reais
Avaliação técnica: 7,8 / Custo/benefício: 7,5
SONZÃO NAS CAIXINHASA qualidade excelente do som que sai das minúsculas caixas acústicas do sistema de home theater Lifestyle 28 II, da Bose, é de impressionar qualquer fã de cinema. São cinco caixas, cada uma com dois cubos que giram: um joga o som para o ouvinte e o outro para as paredes. A idéia é aumentar a área de sonorização, de modo a ocupar todo o ambiente. Para facilitar a adequação do som a cada tipo de ambiente, o home theater da Bose vem com microfone e um sistema de calibragem próprio. É um sonzão capaz de fazer páreo para caixonas tipo torre de primeira qualidade. O receiver, de 5.1 canais, tem entradas e saídas de vídeo composto, vídeo componente e S-Video, mas não não tem conexão HDMI — uma limitação e tanto para um equipamento que tem preço médio de 14 437 reais. Agora, na hora que você ouve o som do Lifestyle, até se esquece disso.
Preço: 14.437 reais
Avaliação técnica: 8,4 / Custo/benefício: 6,0
Por Rosa Sposito, da INFO
Ricardo Lôvo