22 de novembro de 2008

GAMER'S, GPU JÁ É PROCESSADOR



Pra falar a verdade, ela sempre foi um processador. Mas só agora a GPU tem capacidade para renderizar gráficos e também realizar tarefas antes desenvolvidas só para o chip central. Um exemplo legal de como a coisa está acontecendo é o Froblins, o programa de demonstração que você vê na foto aí em cima e no vídeo lá embaixo.

Esse monte de sapinhos risonhos faz parte de uma equipe de mineração. O lance deles é pegar as pedras de ouro num canto e levar para outro. Só que eles são milhares e, mesmo num cenário gigante, os personagens acabam se topando. É aí que entra a nova geração de placas de vídeo, capaz de fazer os cálculos necessários para não deixar a sapaiada esbarrar em nada e chegar feliz e contente ao seu destino. Ou seja: quem manda na inteligência artificial é o processador gráfico.

Num determinado momento, você pode até criar um sapão-fantasma e botar toda essa galera pra correr. Cada um vai esbaforido para seu canto, mas ninguém se bate. Oras, por que isso é legal? Os jogos do futuro provavelmente virão com mais recursos desse tipo, só que ao contrário. O bacana será os objetos se chocarem mesmo. Aí daria para você atirar de bazuca numa parede e deslocar um tijolo que, se caísse na cabeça do inimigo, poderia matá-lo. Tudo controlado pela placa de vídeo.

Algumas coisas parecidas já existem hoje, mas são feitas num bate-bola entre GPU, CPU e memória RAM. Imagine a cena do tiro. A lógica pode ser processada pelo chip central, enquanto o gráfico faz os cálculos de física. É mais ou menos o que existe de tecnologia nos produtos da NVIDIA. Mas as constantes transferências entre uma peça e outra do micro acabam gerando um gargalo de velocidade em games ultra-complexos, aqueles que ainda estão para ser criados. Além disso, pode rolar degradação de performance gráfica, pois a placa estará empenhada num trabalho paralelo.

Outro jeito de fazer isso (o mais usado, aliás) é com um engine chamado Havok. Neste caso, é a CPU quem comanda tudo, mandando para a GPU só a posição na qual o objeto ficará. Aí ela faz sua tarefa habitual, a de renderizar. Ainda é a melhor forma de fazer efeitos bacanas que influenciam no jogo, e não apenas ciclopes devastando coisas e estilhaços de explosão no plano de fundo.

Froblins roda integralmente na placa de vídeo, o que ainda é impossível nos jogos mais pesados, infelizmente. Quem sabe a próxima geração de produtos não vem chutando tudo no quesito física? É a tendência, pelo menos para a ATI/AMD. A Intel segue o caminho oposto: pretende fazer um processador com GPU. Mas isso é história para outro post.

Veja o video demo:




Se quiser baixar o video em alta resolução baixe aqui

Ricardo Lôvo